"Comandante Serralves" nasceu como um conto. De momento ultrapassou a mera personagem e já se tornou um dos universos literários com mais potencial a nível mundial.
É normal a queixa de sermos pequenos, de não termos mercado e de ninguém valorizar o que é nosso. Por isso alguns autores recorrem ao pseudónimo para se fingirem estrangeiros. Outros publicam no Brasil ou em inglês para chegarem a mais leitores. Mas ainda ninguém se tinha lembrado de criar um universo e um herói português para o qual todos pudessem criar. As vantagens são tão óbvias que isto já devia ter sido feito há muito. Não só os nossos criativos se podem entreter a desenvolver para um universo bem definido e ganhar crédito numa aventura que é de todos, como também podem chamar nomes maiores de fora para ajudarem a divulgar a "marca" Serralves no estrangeiro.
Afinal, quem, ou melhor, o que é o Comandante Serralves? É um herói dos rebeldes. Talvez o maior deles. E é orgulhosamente português numa era em que as nacionalidades estão proibidas por a Humanidade ter de ser una. Existem três facções em disputa neste universo. O grupo mais claro é o dos alienígenas com um nome inpronunciável que querem destruir a humanidade e nos levaram para uma guerra transformadora. Os humanos estão divididos em dois grupos. No governo querem que sejamos um só. Sem nações e religiões como John Lennon queria, mas também sem qualquer idioma, livro ou monumento que sugerisse ter havido mais de um povo. E, obviamente, os que combatem pela nossa História e consequentemente pelo nosso futuro. O Comandante Serralves é um elemento tão desequilibrante que o imortalizaram. Uma tatuagem, tão tecnológica que parece mágica, permite-lhe mudar de corpo quando o seu é destruído. Essa característica que o leva a ser imortal e impossível de reconhecer, foi-lhe confiada por ser o único indivíduo com o potencial de desestabilizar a guerra civil. A sua nave Maria - como qualquer nave portuguesa se devia chamar - é pouco mais do que um veículo para missões no espaço, pois o seu combate é fundamentalmente na Terra. Contra quem e por quanto tempo, isso depende de muitas outras coisas...
Neste primeiro livro vamos ler algumas das aventuras do Comandante. Não são as primeiras, não são as últimas. Cada uma delas parece fundamental para a narrativa. Na verdade podem até ser todas banais e das mais fáceis que enfrentou. A dimensão da obra é infinita e enquanto não estiver encerrada não será possível saber se este primeiro livro é o melhor ou o pior. O que se pode dizer é que é viciante e este nosso herói precisa de mais aventuras publicadas e de mais autores para as escreverem. Se a vossa área não for a literatura, também há secções para ilustração e música. Visitem o site da Imaginauta clicando no livro abaixo.
Agora, imaginem o potencial televisivo de uma figura assim...
Episódios contidos no livro: